Antes de tomar a decisão de realizar uma cirurgia plástica, é fundamental compreender que os impactos vão além das mudanças físicas. Segundo Gilberson Wanderley Silva, cirurgião plástico com mais de 25 anos de experiência, a saúde mental é um fator determinante no sucesso e na satisfação dos procedimentos estéticos. A avaliação emocional do paciente deve caminhar lado a lado com a análise médica e técnica.
Neste artigo, você entenderá os principais riscos e benefícios que a cirurgia plástica pode representar para a saúde mental, bem como orientações importantes antes de se submeter a qualquer intervenção.
Quais são os benefícios psicológicos da cirurgia plástica?
Quando bem indicada e realizada com responsabilidade, a cirurgia plástica pode gerar impactos positivos profundos no bem-estar psicológico dos pacientes. Entre os principais benefícios relatados estão:
- Aumento da autoestima
- Melhora na imagem corporal
- Maior autoconfiança em interações sociais e profissionais
- Redução de sintomas de ansiedade relacionados à aparência
De acordo com Gilberson Wanderley Silva, muitos pacientes relatam uma significativa melhora na qualidade de vida após a cirurgia, especialmente quando as mudanças físicas corrigem aspectos que geravam sofrimento emocional há anos.
Quais riscos psicológicos devem ser considerados?
Apesar dos benefícios possíveis, é necessário ter atenção aos riscos que a cirurgia plástica pode representar para a saúde mental, sobretudo quando as expectativas estão desalinhadas com a realidade. Os principais pontos de atenção incluem:
- Transtornos dismórficos: pacientes com percepção distorcida da própria aparência podem não se satisfazer com os resultados, mesmo que tecnicamente perfeitos.
- Dependência de cirurgias: em alguns casos, o indivíduo pode buscar sucessivas intervenções como forma de compensação emocional.
- Frustração pós-operatória: expectativas irreais ou idealizadas podem gerar insatisfação, angústia e arrependimento.
- Quadros de ansiedade e depressão: o período pós-operatório, com inchaços e limitações, pode afetar negativamente pessoas mais vulneráveis emocionalmente.

Conforme destaca o Dr. Gilberson Wanderley Silva, Mentor de novos cirurgiões plásticos e Criador do projeto Seios dos Sonhos, é essencial uma escuta ativa por parte do profissional para identificar sinais de desequilíbrio emocional antes de prosseguir com o procedimento.
Como alinhar expectativas e garantir estabilidade emocional?
Um dos maiores desafios da cirurgia plástica é equilibrar o desejo estético com a realidade técnica e emocional. Para isso, é importante seguir alguns passos essenciais:
- Consulta detalhada e humanizada: o médico deve compreender os reais motivos da decisão do paciente.
- Avaliação psicológica pré-operatória: em muitos casos, o suporte de um psicólogo especializado é recomendado.
- Educação do paciente: explicar o tempo de recuperação, os resultados reais e os limites de cada procedimento.
- Suporte no pós-operatório: manter o acompanhamento próximo, inclusive emocional, durante a recuperação.
Para o Dr. Gilberson Wanderley Silva, a cirurgia plástica bem-sucedida é aquela que respeita a individualidade, o tempo e os limites do paciente, promovendo autoestima sem dependência estética. Existem situações em que o cirurgião plástico deve adiar ou contraindicar a cirurgia por razões emocionais. Entre os sinais de alerta, destacam-se:
- Motivações baseadas na pressão de terceiros
- Quadros de depressão ativa ou transtornos de imagem
- Histórico de frustrações com múltiplas cirurgias
- Busca por resultados irreais ou “transformações milagrosas”
Qual o papel do cirurgião na saúde mental do paciente?
O cirurgião plástico não substitui um profissional da saúde mental, mas tem papel fundamental como orientador e zelador do bem-estar global do paciente. O Dr. Gilberson Wanderley Silva, com sua ampla experiência, reforça que a relação médico-paciente deve ser pautada pela empatia, responsabilidade e transparência. Ao perceber sinais de desequilíbrio emocional, cabe ao cirurgião indicar o suporte necessário e, acima de tudo, preservar a integridade física e psicológica do paciente.
Autor: Hyacinth Barbosa
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Gilberson Wanderley Silva, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.