Esta foi a primeira vez que o ministro das Relações Institucionais se posicionou de forma mais enfática a respeito do projeto. Nesta segunda-feira (10), ele afirmou apenas que o governo trabalharia para que o projeto não ficasse na ‘pauta central’ da Câmara.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (14) que, se depender do governo, não haverá mudança na legislação sobre o aborto.
O ministro foi questionado sobre o projeto que equipara aborto a homicídio se for realizado depois de 22 semanas de gestação. A proposta teve o regime de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (12).
“O governo, o presidente Lula ao longo da sua história, até atendendo solicitações de lideranças religiosas de parte da sociedade, sempre disse que nunca ia fazer nada para mudar a legislação atual do aborto no país. Nunca faria nenhum gesto, nenhuma ação para mudar a legislação de interrupção da gravidez no país. E nós continuamos com essa mesma postura”, disse Padilha.
“Não contem com o governo para mudar a legislação de aborto do país, ainda mais para um projeto que estabelece que uma mulher estuprada vai ter uma pena duas vezes mais do que o estuprador. Não contem com o governo para essa barbaridade. Reforçar isso com os líderes. Vamos trabalhar para quem um projeto como esse não seja votado”, acrescentou.
Esta foi a primeira vez que Padilha se posicionou de forma mais enfática a respeito do projeto.
Nesta segunda-feira (10), ele afirmou apenas que o governo trabalharia para que o projeto não ficasse na “pauta central” da Câmara. Perguntado se apoia o mérito da proposta, não quis responder na ocasião.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se posicionou sobre o tema ao ser perguntado na quinta-feira (13), na Suíça.
“Deixa eu voltar para o Brasil, tomar pé da situação, dai eu converso com você”, respondeu Lula aos jornalistas.