Uma nova frente fria, que chegou ao Sul do Brasil na quarta-feira (11), promete trazer chuvas e amenizar as altas temperaturas na região. Entre os dias 12 e 13 de setembro, o Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina devem enfrentar temporais, com previsão de até 50 milímetros de chuva e ventos que podem atingir 60 km/h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Apesar da expectativa de mudança no clima, a frente fria não será suficiente para eliminar completamente o bloqueio atmosférico que tem contribuído para as altas temperaturas em grande parte do país. Esses bloqueios, que são sistemas de alta pressão, dificultam a formação de nuvens de chuva e o avanço de frentes frias.

De acordo com Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, a frente fria deve interromper a onda de calor no Sul, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e sul do Mato Grosso do Sul. No entanto, a chegada do sistema ao Sudeste e ao Centro-Oeste está prevista apenas para o fim de semana, com São Paulo recebendo a frente fria no domingo.

Os estados que mais sentirão a queda nas temperaturas incluem Paraná, Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul. No Centro-Oeste, a redução das máximas será notada em Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e sul de Goiás. No Sudeste, a frente fria deve proporcionar um alívio no calor extremo, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.

Embora a frente fria traga um alívio temporário, os meteorologistas alertam que essa trégua nas altas temperaturas deve durar no máximo três dias. Após esse período, as temperaturas devem voltar a subir em quase todo o país, com previsões de calor intenso novamente a partir da próxima semana.

Além das mudanças nas temperaturas, a umidade relativa do ar continuará baixa em praticamente todo o Brasil. A região central do país enfrenta a situação mais crítica, com estados do Centro-Oeste apresentando níveis de umidade entre 20% e 30%. Para evitar problemas de saúde, recomenda-se a ingestão de líquidos, a redução de atividades físicas nas horas mais secas e a proteção contra a exposição ao sol.

O bloqueio atmosférico que afeta a região central do Brasil é considerado forte e deve demorar a ser quebrado. Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, afirma que a expectativa é de que a chuva regular só retorne a partir da segunda quinzena de outubro, com precipitações concentradas em áreas isoladas do Nordeste e do litoral do Sudeste.

Por fim, a previsão é de que as chuvas volumosas sejam necessárias para dissipar a poluição e a fumaça que têm afetado a qualidade do ar no Brasil. A situação climática atual destaca a importância de monitorar as condições meteorológicas e adotar medidas de proteção à saúde da população.

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