Durante um evento do G20 no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o combate à fome é uma escolha política dos governantes. Ele enfatizou que a fome “tem o rosto de uma mulher e a voz de uma criança”, reforçando seu compromisso de erradicar a fome no Brasil.
Lula lembrou que ainda existem 8,4 milhões de pessoas em situação de fome no país, conforme relatório da ONU. Ele afirmou que a fome é a mais degradante das privações humanas e um atentado à vida e à liberdade, afetando principalmente mulheres e crianças.
No pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Lula ressaltou que a fome não resulta apenas de fatores externos, mas principalmente de escolhas políticas. Ele defendeu a criação de condições de acesso aos alimentos como uma prioridade.
O presidente destacou que seu governo tomou a decisão política de incluir os pobres no orçamento. Em 2023, 24,4 milhões de pessoas foram retiradas da situação de insegurança alimentar severa, mas ainda há mais de 8 milhões de brasileiros nessa condição.
Lula também criticou a disparidade entre os avanços tecnológicos e a persistência da fome. Ele pediu mais comprometimento dos governantes para olhar pelos pobres, afirmando que a fome não é uma condição natural, mas uma questão que exige decisão política.
O presidente defendeu uma melhor distribuição de renda, argumentando que muito dinheiro na mão de poucos leva à miséria, enquanto pouco dinheiro na mão de muitos promove prosperidade e decência na sociedade.
Lula concluiu que a ética de combater a fome é imprescindível para a sobrevivência humana. Ele apelou para que os líderes políticos do mundo inteiro olhem para os pobres como seres humanos que merecem oportunidades.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no evento, visa conectar regiões necessitadas a países e entidades dispostas a financiar projetos locais, reforçando o compromisso do Brasil no combate à fome e à pobreza.